no fundo das mãos há o ponto cego
em que ninguém pode tocar.
por onde passa a corda usada pelos presos
para a fuga.
posso começar pelo fosso.
pela sombra em que éramos a vertigem do pai.
a luz golpeada nos pés ao nascer.
ao nascer
e não estar na vida.
a água toma o fôlego restante dos dias.
fotografia robert moses joyce
palavras luciana marinho