quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

matéria bruta




no fundo das mãos há o ponto cego
em que ninguém pode tocar.
por onde passa a corda usada pelos presos
para a fuga.




posso começar pelo fosso.
pela sombra em que éramos a vertigem do pai.
a luz golpeada nos pés ao nascer.
ao nascer
e não estar na vida.




a água toma o fôlego restante dos dias.




fotografia     robert moses joyce
palavras     luciana marinho

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