desiludo-me nesse porão...quase
me sufoco tapando as narinas de deus
fuligens irrigam meu peito amontoado
de ossos estrias vitrais
boca de céu tombada em suas membranas
amarílis rosas dálias maceradas nas entranhas
deixo a alma na largura do morrer do mundo
não sei
do quinhão...das heranças.que me quebram em água
me alastram em terra de ninguém
dessa mão queimada nos dedos
desse barbante em volta do punho para não esquecer
o vento abrindo roseira
fotografia anka zhuravleva
palavras luciana marinho