domingo, 10 de junho de 2012

querência


o peito imóvel como uma ilha pesada de bizâncio e metais de outra natureza. a língua presa a um pântano. como afronta aos pássaros, a retidão é a carne sem ar, intátil e obscura fenda no mundo que entra e sai das incriadas paragens do corpo. em uma querência de flor plantada nas cavidades, lírios crescem nos ossos como contra muros.

o coração é o respiro arfante do vento.


 palavras    luciana marinho
fotografia    lilya corneli

Partilha

Nome

E-mail *

Mensagem *