
é assombroso tocar os ossos
destilar do sangue os pavores
ocupar a mão com os restos da estrela
suster a terra com os pés cada vez mais reclusos
envergar a luz nos olhos crespos das dracenas
acontecer-se onde a água vivida,
sanguínea,
é recanto para a mão ser sobrevivente corpo.
palavras luciana marinho
fotografia tarkovsky