
Há sempre alguém que não vemos nos doando flores. Este pensamento trouxe o infinito para o peito dela e um deixar-se ali onde o humano cresce livre da morte do silêncio. Da morte da partilha. Da morte da solidão. Ela aninha-se na palma da mão da humanidade. O sagrado move-se em suas artérias como nos olhos dos apartados, dos feridos, dos sem céu. Ela aninha-se na respiração profunda das árvores. Caminha junto ao martírio dos cravos. Atravessa os inquebrantáveis em suas verdades. Atravessa os tolerantes entre iguais. Atravessa os catalogadores de seres. Descansa onde o bico do pássaro recolhe a seiva. E floresce.
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Texto e colagem Luciana Marinho