segunda-feira, 2 de abril de 2012

desencanto II


não é o morrer
são pássaros fechando o céu
feridos em sua casa.
são as mãos desaparecidas no livro
a folha de oliveira caindo da página.
não é o morrer
é a árvore dentro do corpo
enraizada fora do mundo.


fotografia  joyce tenneson
palavras   luciana marinho

8 comentários:

  1. a morte anda e envolver-me esta semana...beijos

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  2. bem vindo, sândrio.
    ... e que a vida dê conta do resto.

    abraço!

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  3. Lu, postei no meu Blog. Me identifiquei com o poema... "é a árvore dentro do corpo/enraizada fora do mundo".

    As vezes sinto que estou plantada numa outra dimensão e quem passa por mim não enxerga que estou viva, porém enraizada no meu mundo que tanto difere. É como se eu não pertencesse a lugar nenhum.

    Saudades de ti. Escreves com a alma. Amo a simplicidade que descreves o sentimento. Beijos!!!

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  4. juuu, querida,

    deixo um fragmento de clarice lispector, do livro "um sopro de vida: pulsações". livro que li, pela primeira vez, quando tinha uns 16 anos e descobri que é leitura para a vida inteira. ando sempre com ele :)

    "De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é."

    fico feliz que apareças.
    grata pelo afeto de tuas palavras.

    beijoca!!

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  5. Si tu voz se cubre de lirios y tus pájaros rasgan el cielo, al cerrarlo, y tus libros inventan hojas y árboles, ¿cómo no venir aquí a palpar la belleza de tus raíces fuera del mundo? Un abrazo inmenso, Lu. Bella, tú. Bella, Lispector.

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    Respostas
    1. "Si tu voz se cubre de lirios y tus pájaros rasgan el cielo, al cerrarlo, y tus libros inventan hojas y árboles, ¿cómo no venir aquí a palpar la belleza de tus raíces fuera del mundo?"

      chegou-me agora a poesia :)

      grata, índigo.

      beijinho!

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  6. Besos cargados de añiles y fantasmas y sueños, y risas y sonrisas y aromas y colores, intensos, mi Lu.

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