Era uma força
oceânica nas manhãs tão cedo, pensou, tocando o olho d’água. As sementes
estavam exaustas. Sentiu suor entre os dedos. Pensou em seu medo de não ser abrigo
àquela hora em que tudo pode estar por arrebentar. Desmedia o esforço para levar as
sementes de um canto a outro dos continentes, habitando o mistério que
encadeia os mundos vividos. Um passo em falso dentro das estações poderia
preservar o inverno no peito das papoulas. O inverno fazia-o sentar à
beira do tempo, prestes a cair no regaço das esferas. Porque o inverno traz um
sentimento de orfandade, uma brancura que respinga na íris, um respirar o
queimor do frio... As asas se desfazem na retenção do pulmão e renascem no
gesto de sobreviver com a terra. Sobreviver com a terra.
fotografias e palavras luciana marinho
Por aqui os caminhos interiores são sempre percorridos em grande profundidade mas sem nunca perderem o contacto com a superfície...
ResponderExcluirGosto sempre, Luciana!
Beijo :)
AC, fico grata.
Excluiro máquina lírica só cresce com a tua presença ^^
beijos!
a ideia de uma alma em expansão é fascinante luciana... " O inverno traz um sentimento de orfandade", quando este nos adentra então...
ResponderExcluirabraços
olá, sândrio,
Excluira idéia da expansão é fascinante, principalmente quando a alma é só uma parte disso.
abraço!
porque o inverno traz essa sensação de abandono, sim...
ResponderExcluirmas há invernos e invernos... preciso registrarque sim.
e há palavras bonitas, colhidas com zelo....
cê e seu tremendo bom-gosto, lu.
sou freguês.
roberto! :)
Excluirpenso que o inverno mesmo não traz nadinha, encontra-se com o que já há :)
beijão! :)
LU ! tão profundo que me assusta . andas revelando nossos interiores . tão teu quanto do mundo . beijo, FÊ
ResponderExcluirbom mesmo é ver fefinho se revelando por aqui :) amo.
Excluirbeijo de lu.
Quiero tocar el ojo del agua y dejar que parta el invierno y sentir la calidez del agua, entre los dedos, y, mientras, sentiré la nieve y el hielo y pensaré en ese ojo de agua, que anhelo. Besos inmensos, Lu y mil añiles. Bellas palabras, bella la emoción que destilas...
ResponderExcluirquerida índigo,
Excluirque bom apareceste!
estava eu sentindo tua ausência no "índigo horizonte" e por aqui =D
besos!
Te ler é aconchegar-se às flores e frutos e a vida perceber.
ResponderExcluirbzu del guerdo rick
rick dos campos dos girassóis gigantes, grata.
Excluirbeijos :)
Não conhecia essa sua faceta. Gostei!
ResponderExcluirAproveitando, deixo aqui um vídeo para xs leitorxs do espaço:
http://vimeo.com/40411264
olá, fred!
ResponderExcluirque faceta? rs
vou espiar o vídeo.
beijos
=)
Nas tuas mãos sempre germinam as sementes da poesia.
ResponderExcluirbjs
grata, sônia.
Excluirsou admiradora de tua poesia transbordando em belas fotografias, versos... beijos!
Mi querida Luciana... los días y los anhelos y Tagoreh trazándonos con sus sueños. Besos inmensos, mi Lu. Y mis cariños y afectos, a pleno pulmón y corazón de plumas y acero.
ResponderExcluiríndigo,
Excluirsempre bom encontrar tua
sensibilidade por aqui :)
um grande abraço!
...
ResponderExcluir?
Excluir:)