terça-feira, 24 de julho de 2012

por aqui e por onde mais

a casa crescerá na direção do vento
assim como se posiciona uma janela para o poente.

 
 

cobria os dentes com cravos e sorria para ninguém.
e ninguém se aproximava de sua lentidão,
de seus olhos inclinados para baixo a coser a escuridão
entre uma linha e outra da mão.

⇁ a escuridão
água enramando seus pés      
   
onde desertos descampavam seus ossos
alojavam pulmão e coração naquele céu ancorado nos pássaros.

fotografia anka zhuravleva
palavras luciana marinho

8 comentários:

  1. Anseios e procuras num constante tactear...
    (As palavras, codificadas, são portas giratórias)

    Beijo :)

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  2. portas que tu também fazes girar, AC.

    beijo!

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  3. Ventanas y puertas que se abren hacia el cielo, los cielos. Bellas palabras despojándose de huesos para respirar a pleno pulmón. Besos inmensos, Lu.

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    1. respirar a pleno pulmão nos une ao ritmo da respiração maior..

      beijos, querida índigo!

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  4. Gosto das suas imagens fortes -

    como cravos na escuridão
    de onde voam pássaros.

    bj.

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    Respostas
    1. a admiração pelas imagens fortes é mútua.
      também sou fã da brevidade e precisão de tua poesia.

      abraço!

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  5. Adorei a forma como conduzes as palavras! Parabéns!
    Beijinho*

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  6. fanny,

    bem vinda!
    grata pela visita e pelo comentário!

    abraço :)

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