quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pássaros de Água

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Sentava-se no mar até seu vestido crescer
como crescem as papoulas vistas num rio.
Sentia os plânctons dourarem seu ventre.
Seu ventre como pedra ancorada
desejando chuvas.
Sentia-se embebida no sargaço
no cheiro intolerável das coisas restando.
Quanto mais a brisa vinha
mais descia seu corpo
de mil tentáculos nascendo
e se afogava.
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Colagem e texto Luciana Marinho
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11 comentários:

  1. Lu...

    Como é doce navegar nesse a(Mar)...

    beijos, querida!!!

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  2. Delicadeza e densidade, neste mar de asas, matizes, amores... nesta mistura de seres e sentires, neste vaivém de mares, neste rumor de sonhos, nestas espumas do querer... Beijos pintados, alados e mergulhados, LuciAna linda.

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  3. imagem.

    é um quadro, lu.

    beijo.
    eu quero ouvir mais mentiras tão bem contadas.

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  4. "Sentia-se embebida no sargaço
    no cheiro intolerável das coisas restando."

    Que coisa mais linda... Tenho pensado muito naquilo que falta e aquilo que resta também é falta de algo... Eu tenho pensado tanto nisso e vem você, simplicidade e delicadeza, transformando o que penso assim: duas linhas.


    Vou postar lá no orkut.

    Beijos

    Deyse

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  5. Às vezes é preciso mergulhar fundo e "morrer"... para reencontrar-se, e renascer... BEijos em tua alma doce, LuciAna-luz...

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  6. nossa...além dos estórias que vi, que bela poesia...linda..."seu ventre como pedra ancorada desejando chuvas"...nossa, nossa, nossa...amei !!!

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  7. Lindíssimo Lu!!!!
    Cada palavra um sonho, mui lindo mesmo!!!!

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  8. Quando estou na Net, sempre passo por Máquina Lírica, às vezes me pergunto? Para quê? E a resposta seria...
    Para admirar, o admirável, para elogiar, o que não precisa de elogio, pois é belo por si só, e termino desfrutando da beleza e descobrindo o encanto que cada pedacinho aqui tem.

    Um beijo no coração, Lu!!!!!

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  9. "cheiro intolerável das coisas restando."

    lindo isso!
    e fala um pouco sobre o meu momento.

    com sua licença:

    cheiro intolerável do que de recente resta, resto ainda.


    beijão!

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