Sentava-se no mar até seu vestido crescer
como crescem as papoulas vistas num rio.
Sentia os plânctons dourarem seu ventre.
Seu ventre como pedra ancorada
desejando chuvas.
Sentia-se embebida no sargaço
no cheiro intolerável das coisas restando.
Quanto mais a brisa vinha
mais descia seu corpo
de mil tentáculos nascendo
e se afogava.
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Colagem e texto Luciana Marinho
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirimagens de sonho que me alcançam...
ResponderExcluirLu...
ResponderExcluirComo é doce navegar nesse a(Mar)...
beijos, querida!!!
Delicadeza e densidade, neste mar de asas, matizes, amores... nesta mistura de seres e sentires, neste vaivém de mares, neste rumor de sonhos, nestas espumas do querer... Beijos pintados, alados e mergulhados, LuciAna linda.
ResponderExcluirimagem.
ResponderExcluiré um quadro, lu.
beijo.
eu quero ouvir mais mentiras tão bem contadas.
"Sentia-se embebida no sargaço
ResponderExcluirno cheiro intolerável das coisas restando."
Que coisa mais linda... Tenho pensado muito naquilo que falta e aquilo que resta também é falta de algo... Eu tenho pensado tanto nisso e vem você, simplicidade e delicadeza, transformando o que penso assim: duas linhas.
Vou postar lá no orkut.
Beijos
Deyse
Às vezes é preciso mergulhar fundo e "morrer"... para reencontrar-se, e renascer... BEijos em tua alma doce, LuciAna-luz...
ResponderExcluirnossa...além dos estórias que vi, que bela poesia...linda..."seu ventre como pedra ancorada desejando chuvas"...nossa, nossa, nossa...amei !!!
ResponderExcluirLindíssimo Lu!!!!
ResponderExcluirCada palavra um sonho, mui lindo mesmo!!!!
Quando estou na Net, sempre passo por Máquina Lírica, às vezes me pergunto? Para quê? E a resposta seria...
ResponderExcluirPara admirar, o admirável, para elogiar, o que não precisa de elogio, pois é belo por si só, e termino desfrutando da beleza e descobrindo o encanto que cada pedacinho aqui tem.
Um beijo no coração, Lu!!!!!
"cheiro intolerável das coisas restando."
ResponderExcluirlindo isso!
e fala um pouco sobre o meu momento.
com sua licença:
cheiro intolerável do que de recente resta, resto ainda.
beijão!