terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Céu Íntimo

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Costuro o infinito sobre o peito.
E no entanto sou água fugidia e amarga.
E sou crível e antiga como aquilo que vês:
Pedras, frontões no todo inamovível.
Terrena, me adivinho montanha algumas vezes.
Recente, inumana, inexprimível
Costuro o infinito sobre o peito
Como aqueles que amam.
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Poema Hilda Hilst
Colagem Luciana Marinho

18 comentários:

  1. Eu te dedico este poema de Rabindranath Tagore pelo belo trabalho:

    Flor de Lótus

    No dia em que a flor de lótus desabrochou
    A minha mente vagava, e eu não a percebi.
    Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
    Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
    Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
    De um perfume no vento sul.
    Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
    Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
    Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
    Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
    Tinha desabrochado no fundo do meu coração.


    Beijão.

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  2. Lu..

    Quando meu ser deseja uma linguagem a um só tempo Una e plural corro e venho te lêr.Tens o poder de clarear e costurar tuas palavras com a agulha da sabedoria.
    beijos perfumados de jasmins, querida.

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  3. Luciana,
    está sendo pra mim uma gratíssima surpresa visitá-la !!! Vejo por aqui alguns dos poemas que particularmente gosto muito e escritores que igualmente admiro. Amei as ilustrações !!! Vou te linkar lá no retalhando tá ?!
    beijos

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  4. Este vento que sopra nos brandais
    Leva de arrasto a minha alma
    A proa estende-se adiante na vaga
    Olhar de garça o meu coração acalma


    Boa semana


    Mágico beijo

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  5. oi!
    obrigado pela visita às minhas vísceras, espero q sempre volte a revirá-las, mesmo perdida no meu labirinto d espelhos... rs
    adorei sua casa, espero poder estar sempre nela, cheia d sensações tranquilas.
    bjs ternos.

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  6. Que lindo poema da Hilst, e que lindo gesto o da colagem das coisas bonitas.

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  7. Que boa seleção de poemas, Luciana!
    Parabéns e sucesso pra seu bonito blog.
    abração.

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  8. As palavras e imagens que encontro aqui fazem bem.
    Estarei de volta!

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  9. Nesta baía
    Quando chega ao fim do dia
    As pedras dormem com o mar
    Quando vem a calmaria



    Bom domingo


    Mágico beijo

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  10. amor peito costurado de infinito


    bonita, Luciana. É um complexo industrial de lirismo.

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  11. Linda, doce, luminosa amiga: a escolha do poema de Hilda foi mais-que-perfeita, mágica a misturar-se com aquela criada, composta, costurada em tua imagem, montagem, viagem... Beijo alado , com cheiros e matizes de flor... Luci...Ana...

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  12. Tá lindo o novo visual com as rosas, Luciana-Luz!... e sempre bom voltar aqui e re-ver tuas imagens, e re-ler os textos tão bem escolhidos... Beijos alados, querida.

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  13. Já pensou em morar na Casa do Sol????
    Reviver, rememorar, homenagear.
    Lindo fragmento e belissíma colagem!!!!

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  14. As imagens que vc faz são lindas! Fiquei encantada :)

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  15. Onde estás, onde andas, onde flutuas, linda linda alma??? Saudades de ti sempre, és presença delicada e preciosa, Lu-ci-Ana!
    Beijinhos pintados, querida.

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  16. O abismo está no horizonte
    no horizonte das cores de aço
    sem luz,
    sem traços
    sem cor.
    A flor, o abismo escuro
    da atmosfera perdida,
    onde andará a luz?
    Perdida?
    Internalizada?
    onde ficará a solidão?

    Nilda Albuquerque

    *Neste céu íntimo, com o
    infinito sobre o peito
    o abismo se faz escuro, a
    procura se faz constante...
    Faço das minhas costura
    uma renda admirável.

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