domingo, 30 de janeiro de 2011

esperança branca

essa criança dorme sobre meus lagos de treva.
pensei algumas palavras para oferecer-lhe. esqueço-me
tantas vezes dos mistérios dessa porta.

herberto helder

.o amor atravessa com bela luz
o menino que cria o globo terrestre no papel.
a mata parece nuvens verdes entre oceanos.
a água corre como se o solo chovesse.
traz à vida os animais em extinção, a começar pelo Homo sapiens.
leu em um livro de literatura que o plâncton é um bichinho
que se acende quando faz amor.
achou por bem instituí-lo o rei da natureza.
.
fotografia rosângela rennó
"estado de exceção", 1988
palavras luciana marinho

15 comentários:

  1. Bellísima la foto. Y esa esperanza blanca que nos desgranas con tus palabras. Esa esperanza de los niños, de los seres más pequeños, de ese plancton que revive, amando. ¿Quizá a muchos mayores se nos fue esa esperanza blanca porque hemos perdido la blancura de muchas esperanzas... y ya no sabemos recuperarla? Besos y feliz semana, Luciana.

    ResponderExcluir
  2. ...Iluminar-se ao fazer amor... também acontece com alguns seres humanos...

    Aqui, de novo, nos trazes luz e candura!

    Beijos na alma, Lulinda.

    ResponderExcluir
  3. Vinte e três anos e a foto parece que foi ontem. E que seja duradouro o reinado dos plânctons para que o Homo Sapiens aprenda a brilhar.

    ResponderExcluir
  4. lu,
    fui uma noite a uma lagoa em porto rico tão cheia de planctuns (é assim que se escreve isto) que, quando agitada a agua, ela ficava azul-fosforescente... um trem lindo demais.
    aqui no máquina lírica, deparo-me com uma foto em preto e branco que, associada às palavras que você scolheu pra ela, fosforesce.

    e fica azul.

    beijão,

    roberto.

    ResponderExcluir
  5. Para cá ou para lá da porta, a esperança acende sempre algo em nós...

    Beijo :)

    ResponderExcluir
  6. Ah, amar faz acender a luz e escrever versos assim também!
    Beleza de versos...
    Beijos,

    ResponderExcluir
  7. A luz do amor brilha também aqui.
    Beleza, minha amiga.

    bjs

    ResponderExcluir
  8. faltou uma interrogação na palavra não sabida...rs
    dislexia... demazelo...
    pode ir enumerando, que eu visto a carapuça.
    beijão,

    r.

    ResponderExcluir
  9. Ah, sorri quando vi o rastro de Caio no plâncton, no brilho do amor. Eu também quero ser bioluminescente.

    Beijo, querida.

    ResponderExcluir
  10. Ah, sorri quando vi o rastro de Caio no plâncton, no brilho do amor. Eu também quero ser bioluminescente.

    Beijo, querida.

    ResponderExcluir
  11. lindo post, lindo poema, linda foto. lindo vir até aqui ever essas lindezas todas, no meio de uma tarde de quarta-feira.
    obrigada.

    ResponderExcluir
  12. E nós ao sermos natureza da humana natureza a que pertencemos somos um bichinho álacre e sedento de não sabermos quem somos.
    Jorge Manuel Brasil Mesquita
    Lisboa, 03/01/2011

    ResponderExcluir
  13. que poemaço! fazia tempo que não vinha aqui, mas é sempre um prazer, o prazer que a poesia dá, da ordem da epifania.

    um beijo.

    ResponderExcluir
  14. Tua poesia é coisa fina, guria... É trabalho depuradíssimo, de depuradíssima sensibilidade... Parabéns pelo blogue.
    Beijo,
    Mar

    ResponderExcluir
  15. Mar,

    Fico grata por compartilhares tua impressão com tão lindas e acolhedoras palavras!

    Abraço grande!

    ResponderExcluir

Partilha

Nome

E-mail *

Mensagem *