domingo, 26 de maio de 2013

uma só terra


quem viveu nessa casa além de nós?
anna akhmatova






desce-me como uma sede
a réstia do que sou, amortecida, fundida em pedra.
dálias ladeiam os vergões do corpo,
as frestas da casa na abertura dos olhos.
há uma voz, funda, que não fala do dia seguinte.
água de minhas mãos
despenhadeiro rodeando
meu pescoço.


fotografia     aëla labbé
palavras     luciana marinho

10 comentários:

  1. Has vuelto... Luciana. Has vuelto, y yo me alegro, de leerte así intensa, como siempre, condesando la belleza incluso cuando describes cómo el dolor enfurece y el lodo se aferra a los huesos.

    Un beso enorme y un abrazo en silencio.

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    1. querida,

      grata por recebe-la aqui. sempre. e por ler-me-te de forma tão bela.

      abraço imenso.

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  2. Bela forma de fundir-se e desmanchar-se...

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  3. Vc tem uma forma de ladear palavras que sempre me hipnotiza. Letra sua é encanto meu, flor.

    Beijo.

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    1. que bonito, lara. esses encantamentos me alegram. beijinho.

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  4. Luciana,
    As suas palavras são viagem de infinitas paragens, e eu gosto de embarcar nelas.
    Grato.

    Beijo :)

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    1. e eu gosto de ser lida pela tua sensibilidade, AC. grata, grata. abraço!

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  5. Luciana, que maravilha receber sua visita. Obrigada! :)

    Estou um pouco afastada do blog, mas sempre passo por cá, visito silenciosamente...
    Um abraço!

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    1. também não visito o quanto gostaria os blogs que admiro... como o teu, que me faz voltar sempre para os sentimentos.
      abraços!!

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