Havia a colina. O moinho.
A chuva fazendo da tarde uma ilha.
Os passos dentro das folhas.
E o ar amparando a idade das crianças.
Havia a bússola. O vento.
A cerca guiando os animais ao peito do homem.
A luz ecoando magnólias no fluir dos rios.
E o tempo recostado nas sementes.
Havia o olho d'água. O ventre.
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Fotografia e texto Luciana Marinho
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Difícil dizer o que toca mais: se a foto (a mim tão íntima), se o poema. Recordo-me as brincadeiras na linha do trem de Mirandiba, as conversas de quem tem um mundo a desbravar e acredita que ele irá se entregar. Será que transpusemos a cerca? Fomos além.
ResponderExcluirBelo, Luquinha!
Que belo Lu, a fotografia o poema, a união perfeita.
ResponderExcluirA beleza presente causa efeito de deslumbramento, e a junção ofusca a vista pela luz presente no que se vê.
Só uma pessoa com sensibilidade pode propocionar a nós esta sublime perfeição, e essa pessoa é: Você.
Estou realmente encantada!
Um beijo grande, Lu!!!
Lu, eu tinha que voltar e descrever o que senti ao vê hoje pela manhã Lumiar!
ResponderExcluirSUBLIME
nobre
muito elevado na sua beleza
perfeitíssima
excelente
grandiosa
tem poder de encanto
majestosa
encantadora
magnífica
esplêndida
O mais alto grau de perfeição
Onde se chega a perfeição do belo
E o que há de mais elevado nos sentimentos: Sublime.
Um grande beijo doce menina!
E no lumiar das palavras está... Luciana!
ResponderExcluirSintonia perfeita entre o captar da emoção, a imagem e palavras.
Beijo, Lu!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEres tu , poente belo, y que a todos 'candeia'.
ResponderExcluirCasi nada es caso todo alla.
Una aplitud de sentidos, de querencias y algo más.
Eres tu, poente belo.
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ResponderExcluirAbsolutamente Belo.
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bucólico e levíssimo, como um pingo de chuva :)
ResponderExcluirbeijos!
Lindoooooo d++++++++!!!!!!!!!
ResponderExcluiro ar que ampara, das crianças, a idade...quanta fala por aqui faz.
ResponderExcluirno ventre...no ventre.
lembrei-me imediatamente de uma casa em que eu morei aos 9 anos: tinha um manguezal do outro lado da rua e muitas plantas no quintal. eu acordava cedinho e ia pra o meio das plantas olhar suas cores e acompanhar o trabalho das formigas. antes de tudo, cumprimentava primeiro as urtigas. me disseram que elas não deixariam suas folhas queimarem a nossa pele se fossem tratadas com deferência. a rua era de terra. quando a chuva parava, era uma festa de crianças correndo atrás das tanajuras. eu tinha nojo de comer, mas adorava a caçada.
ResponderExcluirchoveu ontem. caminhei na chuva como eu fazia aos 9 anos.
e tanta coisa mais eu poderia dizer sob o efeito do toque desse teu poema...
aliás, uma das coisas mais belas que já li em toda minha vida.
lindo!
ResponderExcluirlindo o horizonte visto daqui...
um xêro
bacana, bacana!
ResponderExcluir...E havia os olhos da alma: para aspirar os perfumes e seivas da vida... para iluminar os passos dentro das folhas... e as flores perdidas nas trilhas...
ResponderExcluirSempre tão bom (re)pousar por aqui, Luminosa amiga!
Beijos alados, em tons outonais.
Beijos alados translúcidos, Lulinda.
ResponderExcluirFalar desse caminho ao peito do homem é lindo.
ResponderExcluirSempre bom vir aqui!
Havia? Deixou saudade.
ResponderExcluirBeijos de Sol e de Lua.
LU | poetisa-lu z | quantas possibilidades de vôo nesses textos | céu róseo : olho d'água | sinto cheiros, ouço notas... | em LU (a palavraimagembuscaalém) em nós | lin lin do !
ResponderExcluirA beleza enxuta da cena me lembra outros motes, montes
ResponderExcluir(...)Vem,
Tu moinho
Espreme minha cana
Bebe meu sumo
Espalha sobre a terra
E faz nascer usinas
Que de mim quero o pó
Fecundante do mundo
E encher outros prumos
de novas paisagens
(Michel Costa)
PS: Vi teu blog fuçando o de Lau, rsrsrs
Está de Parabéns
Lu,
ResponderExcluirNasceriam pássaros e flores do olhar e de tuas palavras. Cresceriam árvores nas pontas dos dedos. Isto é o que penso.Mas já era tudo azul à sua volta. Restava apenas o ventre, onde se espera não adormecer sozinha.
beijos e admiração, querida.
Quando te leio, aprendo. Chega-me uma vontade irresistível de voar. Plainar en tuas palabras, miuda!!
ResponderExcluirgrande beijo.
Antzela.
Um dos textos mais belos e emocionantes, lindíssima arquitetura de palavras e o vivo e reinventado desabrochar de sentidos! Beijos e saudades!
ResponderExcluirAle