quinta-feira, 12 de março de 2015

ontens





guardou os dentes em uma caixinha
para contar a história das idades
e do espelho que demora a dar contorno
ao desamparo da correnteza no olhar.
aquela maneira da sobrancelha se portar, tão a seu pai,
em meio ao clarão do dia, também era lembrança 

na caixinha. fomos, pai, para onde?
além do vento se curvando na concha
e enterrando o ruído de teu coração em meu ouvido?






fotografias    elena kalis e cole thompson
palavras    luciana marinho

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